O governo anunciou hoje quanto e em que pretende economizar este ano. Entre o dilema de gastar mais para impulsionar a economia ou menos para melhorar as contas públicas, o governo ficou sem opções.
Em 2014, a meta é fazer o mesmo superávit primário de 2013. Para isso, quase todas as áreas do governo sofreram cortes no orçamento.
Um corte de 44 bilhões de reais no orçamento agora e a meta de chegar ao fim do ano com uma economia de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do produto interno bruto, o PIB. É a menor meta de superávit primário desde 1999, mas o governo diz que é um objetivo realista. “Nós procuramos olhar com lupa, revimos esses números, todos os números foram revistos, de modo que é muito exequível e eu acredito que deverá ser bem recebido”, afirma Guido Mantega, ministro da Fazenda.
No ano passado, o governo não cumpriu a meta de superávit: queria chegar a 2,3% do PIB, mas ficou em 1,9%. Isso mesmo com a ajuda de receitas extraordinárias, que não vão se repetir, como os R$ 15 bilhões recebidos no leilão do campo de petróleo de Libra.
Este ano, a equipe econômica diz que não conta com tantas receitas extras, e cortou verbas de praticamente todas as áreas do governo. Só preservou saúde, educação, ciência e tecnologia e alguns programas sociais. A previsão de crescimento da economia também foi reduzida de 3,8% para 2,5%.
Depois do anúncio do governo, o dólar fechou em queda e a bolsa subiu. Sinais de que, pelo menos nesse primeiro momento, o mercado recebeu bem as medidas anunciadas pelo governo. Ainda há dúvidas entre os economistas sobre como o governo vai controlar os gastos ao longo deste ano, por causa das eleições.
Fonte: G1